Outra coisa boa eram as tabelas que auxiliavam o mestre. Aquelas cheias de coisas aleatórias estranhas que estavam lá só esperando pra te ferrar.
Essas duas coisas faziam uma certa situação se repetir com bastante frequência: viver achando itens mágicos e continuar sendo pobre demais para identificá-los.
Era mais ou menos assim:
Mestre: Vocês estão andando por um dos túneis e acham uma barril, com umas roupas sujas, uns pedações de madeira, uns lixos à toa.
Jogador: Eu vou virar o barril e ver o que tem dentro!
Mestre: OK, você revira tudo e só tem lixo mesmo, a não ser por dois frascos no fundo.
Um com uma cor verde musgo, e outro com uma cor azul claro.
Jogador: Duas poções? São mágicas?
Mestre: Você não consegue identificar, você não sabe.
Pronto, é agora que aquela porcaria nunca mais sai da sua mochila. Você estava aí, vivendo tranquilo, quando de repente acha um frasco, que você não faz idéia à quem pertencia, com aparência estranha mas que estava dentro de uma dungeon, então deve ser um tesouro.
Foto de uma poção que eu achei num parque aqui em Curitiba. |
Vai surgir aquele momento, pelo qual todo rpgista de fim de semana já passou. Momento em que tudo está perdido. Tá todo mundo morrendo, todas as magias de cura acabaram, as magias de ataque também. Os magos já sairam correndo, mas não antes dos ladrões que ninguém vê já fazem umas quatro rodadas, o guerreiro prendendo o inimigo na sua frente já está fazendo as contas e rezando para que o mosntro erre os próximos ataques. O mestre vira para você e pergunta "O que você vai fazer?". Você pega a sua ficha e começa a ler ela inteira, do nome do personagem à mancha de refrigerante no rodapé na parte de trás.
Você não tem mais esperança. Suas habilidades e equipamentos não vão servir pra mais nada agora e você só pode contar com a sorte da aleatoridade. Você tem duas opções...
Ou melhor duas poções...
Uma verde e uma azul.